Segundo Paulo Fonseca, assessor estratégico da Deco, a decisão "obriga as operadoras a devolver a diferença cobrada indevidamente durante cerca de oito a dez meses". A ação abrange cerca de 1,6 milhões de consumidores, que poderão reaver, em média, entre 14 e 30 euros cada, acrescidos de juros de mora acumulados desde 2018.

A Deco avançou com a ação judicial após a Anacom, apesar de ter concluído que a comunicação das operadoras era deficiente e ter determinado a sua repetição, não ter obrigado à devolução dos valores cobrados indevidamente. A Anacom congratulou-se com a decisão judicial, afirmando que "as decisões favoráveis aos interesses dos consumidores são sempre bem-vindas" e recordando que já tinha avançado com processos de contraordenação contra as operadoras por esta mesma situação. A decisão judicial ainda não é definitiva, uma vez que tanto a Meo como a Nos já anunciaram que irão recorrer para o Tribunal da Relação.