A empresa justifica a medida com a redução da atividade e a diminuição do volume de serviços contratados por terceiros. Num documento enviado aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a Fujitsu explica que a redução da atividade em várias secções, resultante da diminuição de serviços contratados, levou a que 54 postos de trabalho "tenham ficado totalmente esvaziados de funções, e por esse motivo, se tornem atualmente desnecessários". A empresa alega que, na atual conjuntura económica, a sua sobrevivência na área de prestação de serviços em tecnologias da informação obriga a uma reestruturação da organização produtiva. A Fujitsu, presente em Portugal há mais de 46 anos, afirma ter procurado relocar os trabalhadores afetados noutras funções dentro da empresa, mas sem sucesso. O processo de despedimento será formalizado a 1 de outubro, com os efeitos a ocorrerem entre 31 de outubro e 15 de dezembro, dependendo da antiguidade de cada trabalhador.
A empresa garante que será paga a compensação legalmente prevista a cada trabalhador.
Este despedimento coletivo numa empresa tecnológica de relevo em Portugal evidencia as pressões e a volatilidade do setor de serviços de TI, onde a dependência de contratos com terceiros pode levar a reestruturações abruptas com impacto direto no emprego qualificado.