A decisão reflete os "enormes desafios" enfrentados pela indústria automóvel europeia, incluindo a concorrência chinesa e a queda da procura.

Este plano de reestruturação afetará cerca de 10% dos efetivos do grupo na Alemanha e aproximadamente 3% da sua força de trabalho a nível mundial.

Os cortes concentram-se na divisão automóvel, Bosch Mobility, que se vê obrigada a reduzir os seus custos em 2.500 milhões de euros anuais para assegurar a sua competitividade.

Fonte oficial da Bosch Portugal garantiu que a operação nacional "não será afetada" e que o impacto ocorrerá "essencialmente na Alemanha".

A decisão da Bosch insere-se num contexto mais vasto de crise na indústria automóvel europeia, impactada pela queda da procura, aumento dos custos, a forte concorrência de fabricantes chineses e as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos.

O sindicato alemão IG Metall criticou a medida, classificando-a como uma redução de pessoal "de dimensão histórica" que não oferece garantias para a proteção das fábricas na Alemanha. O responsável de recursos humanos da Bosch, Stefan Grosch, defendeu que o grupo enfrenta "enormes desafios", uma visão partilhada por outros gigantes alemães como a Volkswagen, Continental e ZF, que também anunciaram milhares de despedimentos nos últimos meses.