Esta posição marca uma escalada no conflito entre a gigante tecnológica e os reguladores europeus, que já resultou numa multa de 500 milhões de euros à empresa.

Numa contribuição oficial para uma consulta da Comissão Europeia, a Apple defendeu que o DMA "deve ser revogado e substituído por um texto legislativo mais adequado".

A empresa, que construiu o seu sucesso num ecossistema fechado, alega que as regras do DMA a obrigam a abrir os seus dispositivos a lojas de aplicações e sistemas de pagamento alternativos que "não cumprem os elevados padrões de confidencialidade e segurança da App Store". Greg Joswiak, vice-presidente sénior de marketing da Apple, afirmou que os reguladores europeus querem "tirar a magia - de ter a experiência altamente integrada que a Apple oferece - e fazer-nos igual aos outros".

Como exemplo concreto do impacto negativo, a empresa citou a remoção da funcionalidade de tradução automática em tempo real dos novos AirPods Pro 3 no mercado europeu, invocando o DMA como motivo.

A Apple propõe, como alternativa, a criação de uma agência reguladora distinta da Comissão para fazer cumprir as regras.

A posição da empresa reflete um choque fundamental com a filosofia europeia de concorrência, que visa limitar o poder das grandes plataformas tecnológicas, ou 'gatekeepers'.