A posição do grupo franco-neerlandês intensifica a corrida pela companhia aérea portuguesa, na qual também participam a Lufthansa e o IAG.

O presidente executivo da Air France-KLM, Ben Smith, clarificou que o interesse do grupo é estratégico e não apenas financeiro, afirmando que “o mais importante para nós é termos capacidade de tomar decisões comerciais.

Se não pudermos gerir comercialmente na TAP, o interesse é muito limitado”.

Embora reconheça que o controlo da gestão comercial normalmente exige uma participação maioritária, Smith mostrou-se aberto a “estruturas diferentes”, citando como exemplo o modelo da Delta com participações de 49% noutras companhias. Caso o grupo avance com a aquisição, compromete-se a seguir uma abordagem semelhante à da fusão com a KLM em 2004, que permitiu “manter a marca TAP, proteger os empregos e investir na expansão da rede”.

Ben Smith destacou ainda o potencial de investimento em Portugal, admitindo a possibilidade de instalar uma unidade de manutenção ou reforçar a operação da sua companhia low-cost, a Transavia, em aeroportos como o do Porto. O CEO considerou também que uma eventual venda da TAP ao grupo IAG, dono da Iberia, enfrentaria sérias dificuldades políticas em Portugal, acreditando que seria “difícil de vender ao público português” a ideia de a companhia nacional ficar “parcialmente controlada a partir de Madrid”.