A medida reflete os "enormes desafios" enfrentados pelo setor, incluindo a queda na procura, o aumento dos custos e a forte concorrência chinesa.

Este plano de cortes, que mais do que duplica a estimativa inicial de 5.550 postos de trabalho, afetará cerca de 3% da força de trabalho global da empresa e 10% dos seus efetivos na Alemanha. A reestruturação está concentrada na divisão automóvel, que precisa de reduzir os seus custos em 2.500 milhões de euros anualmente para assegurar a sua competitividade.

O responsável de recursos humanos da Bosch, Stefan Grosch, descreveu a situação como “muito dolorosa”, mas afirmou que “infelizmente não há como contornar isso”.

A decisão foi criticada pelo sindicato IG Metall como uma redução de “dimensão histórica”.

Fonte oficial da Bosch Portugal garantiu que a operação portuguesa, que emprega cerca de 6.800 pessoas, “não será afetada”, com o impacto a concentrar-se “essencialmente na Alemanha”. A medida da Bosch insere-se numa tendência mais ampla na indústria automóvel alemã, com outros gigantes como Volkswagen, Continental e ZF a anunciarem também milhares de despedimentos para fazer face à transição para a mobilidade elétrica e à crescente pressão dos fabricantes asiáticos.