A gestora defende ainda uma reforma regulatória que liberte os operadores da "velha regulação" para fomentar o investimento e a inovação.

Num painel no FT Connect Europe Fórum, em Bruxelas, Ana Figueiredo destacou a fragmentação do mercado como um obstáculo à competitividade, notando que a Europa tem cerca de 40 grupos de telecomunicações, enquanto os EUA, com uma população semelhante, têm apenas três. Em Portugal, existem quatro operadores para cerca de 10 milhões de habitantes.

Segundo a CEO, “em tecnologia a escala é tudo”, sendo a consolidação necessária para que os operadores europeus possam competir globalmente e garantir a soberania digital do continente. A gestora criticou a regulação atual, que considera excessiva e, por vezes, favorável a novos entrantes em detrimento dos operadores estabelecidos que realizaram os investimentos iniciais. “O que precisamos é que [...] nos libertem desta velha regulação”, afirmou, argumentando que tal medida “dará espaço para trazer mais investimento, mas também criatividade, inovação e crescimento”.

Para além do negócio tradicional, a Meo tem como objetivo duplicar a receita de serviços ‘não telco’ nos próximos três anos, apostando fortemente no segmento empresarial (ICT) e em novos serviços para o consumidor, como a Meo Energia.