O CEO do grupo, Ben Smith, admitiu flexibilidade na estrutura do negócio, mas sublinhou que o interesse é limitado sem poder de decisão. Durante uma apresentação a jornalistas, Ben Smith clarificou a posição do grupo franco-neerlandês: “O mais importante para nós é termos capacidade de tomar decisões comerciais.

Se não pudermos gerir comercialmente na TAP, o interesse é muito limitado”.

Embora reconheça que tal controlo exige normalmente uma participação maioritária, entre 51% e 70%, o CEO mostrou-se aberto a "estruturas diferentes", desde que garantam as sinergias adequadas. Smith sugeriu que o Governo português poderia aliviar as suas preocupações mantendo uma participação no grupo Air France-KLM, à semelhança do que acontece com os governos francês e neerlandês. O grupo vê a forte rede da TAP no Brasil como o seu principal trunfo e acredita que a integração permitiria criar uma oferta competitiva inigualável para a América Latina. Adicionalmente, o CEO considerou que uma eventual venda da TAP ao grupo IAG, dono da Iberia, enfrentaria dificuldades políticas em Portugal e regulatórias em Bruxelas.

A Air France-KLM prometeu uma decisão "a curto prazo" sobre a apresentação de uma oferta formal.