Este desfecho põe fim a um processo que se arrastava desde maio de 2024 e que visava criar um dos maiores bancos europeus.

O BBVA não conseguiu convencer os acionistas do Sabadell, alcançando apenas 25,47% do capital, um valor muito aquém do objetivo mínimo de 50% que lhe daria o controlo do banco catalão. O resultado ficou inclusive abaixo do limiar de 30%, que obrigaria ao lançamento de uma segunda OPA em dinheiro. O presidente do BBVA, Carlos Torres, classificou o desfecho como uma “oportunidade perdida para todos”, mas assegurou que não se demitirá, afirmando sentir-se “plenamente apoiado” pelo conselho de administração. Em contraste, o presidente do Sabadell, Josep Oliu, manifestou “grande satisfação”, declarando que “o fim da OPA é o melhor caminho para o Banco Sabadell e para o BBVA, que são duas grandes entidades que geram mais valor separadas do que juntas”. A tentativa de fusão, que visava criar um gigante bancário com cerca de um bilião de euros em ativos, enfrentou desde o início uma forte oposição, não só da administração do Sabadell, mas também do governo espanhol, do executivo regional da Catalunha e de cerca de 70 associações empresariais e sindicatos. Com o fracasso da OPA, o Sabadell prosseguirá com o seu Plano Estratégico 2025-2027, que prevê uma remuneração de 6.450 milhões de euros aos acionistas e um aumento da rentabilidade para 16% até 2027. Por seu lado, o BBVA anunciou que irá acelerar a retribuição aos seus próprios acionistas.