Fontes ligadas ao processo indicaram que o despedimento coletivo já está em curso há alguns meses e afeta diversas áreas da empresa.

As posições a serem eliminadas incluem ‘customer account managers’ (gestores de contas de clientes), ‘cloud solution architects’ (especialistas em soluções na nuvem) e equipas do programa FastTrack, que auxiliam clientes na implementação de soluções Microsoft. A Comissão de Trabalhadores da empresa, recentemente constituída, não prestou declarações, citando um acordo de confidencialidade.

Questionada, fonte oficial da Microsoft Portugal reiterou a posição global da empresa, afirmando que estão a ser implementadas “mudanças organizacionais necessárias para posicionar melhor a empresa para o sucesso num mercado dinâmico”.

Estes cortes surgem num contexto em que várias tecnológicas ajustam as suas estruturas após o período de forte contratação durante a pandemia.

A Microsoft, em particular, tem enfrentado pressão para controlar custos, especialmente devido aos elevados investimentos em centros de dados para suportar os seus serviços de inteligência artificial e computação na nuvem. Economistas contactados pela Lusa sugerem que o aumento do uso de IA em setores como os ‘call centers’ pode já estar a motivar alguns destes despedimentos, embora o mercado de trabalho português se mantenha, no geral, resiliente.