O projeto, apelidado de Bromo, visa reforçar a soberania e a competitividade da Europa no mercado espacial global, criando um “importante player espacial europeu”.

A nova entidade, que poderá estar operacional em 2027, aguarda a aprovação da Comissão Europeia.

A sua criação resulta da fusão das divisões espaciais das três empresas.

A Airbus contribuirá com os seus negócios de Sistemas Espaciais e Espaço Digital; a Thales com as suas participações na Thales Alenia Space e na Telespazio; e a Leonardo com a sua divisão espacial, que também inclui participações nas mesmas duas empresas.

O objetivo é criar uma empresa “campeã” que apoie infraestruturas e serviços essenciais, desde telecomunicações e navegação global até à observação da Terra e segurança nacional.

A nova empresa pretende tornar-se o “parceiro de confiança para o desenvolvimento e implementação de programas espaciais soberanos de países europeus”. Com sede prevista em Toulouse, França, o projeto Bromo deverá criar cerca de 25 mil postos de trabalho na Europa. Esta aliança surge numa altura em que a dependência de tecnologias não europeias, como a da SpaceX, é vista com crescente preocupação em Bruxelas.

A criação de uma alternativa europeia robusta é considerada vital para garantir a autonomia estratégica do continente no acesso ao espaço e nas comunicações via satélite.