Executado no processador quântico Willow da empresa, o algoritmo demonstrou ser 13.000 vezes mais rápido do que qualquer supercomputador clássico, abrindo portas para aplicações práticas em áreas como a química, biologia e ciência dos materiais.

A grande inovação do Quantum Echoes reside na sua “verificabilidade”.

Ao contrário de demonstrações anteriores de supremacia quântica, cujos resultados eram difíceis de confirmar, este novo algoritmo permite que os resultados sejam reproduzidos e validados em outros computadores quânticos de qualidade semelhante.

Esta capacidade é crucial para a credibilidade e o avanço prático da computação quântica, transformando-a de uma curiosidade teórica numa ferramenta científica potencialmente revolucionária. O algoritmo funciona de forma análoga a “ouvir ecos” num sistema quântico: um sinal é enviado para uma rede de qubits, um deles é perturbado e a evolução do sistema é invertida para detetar o eco que regressa.

Esta técnica permite calcular a dinâmica de sistemas quânticos com uma precisão sem precedentes.

Numa colaboração com investigadores da UC Berkeley, a equipa da Google utilizou o Quantum Echoes para estudar a estrutura de moléculas, obtendo detalhes que não são visíveis através de métodos tradicionais como a Ressonância Magnética Nuclear (RMN).

A Google descreve esta abordagem como uma “régua molecular”, capaz de medir distâncias e informações estruturais anteriormente inacessíveis.

Este avanço representa um passo decisivo para a computação quântica prática, com a tecnológica a prever que novidades neste campo possam chegar ao público em geral por volta de 2030.