Este novo processo de reestruturação segue-se a um primeiro despedimento coletivo em maio, que abrangeu 123 trabalhadores, e à colocação de outros 237 em regime de ‘lay-off’. A situação agrava-se após o encerramento da fábrica de Arcos de Valdevez no final de 2024, que resultou na perda de 350 postos de trabalho.

A empresa, que atualmente conta com 1.050 colaboradores, afirmou em comunicado que fez “todos os esforços para evitar esta medida”. A administração justifica o despedimento como uma necessidade para “alinhar a sua capacidade de produção com a carteira de encomendas existente, garantindo a fiabilidade do fornecimento para todos os contratos em vigor”. Este reajustamento é descrito como “necessário” para “garantir a viabilidade da empresa a longo prazo”, num “contexto de grande incerteza e num setor automóvel europeu que enfrenta uma fase muito complexa”. O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes já tinha adiantado em maio que a empresa pretendia reduzir o seu quadro de pessoal para cerca de 800 a 825 trabalhadores durante 2025, com uma previsão de recuperação para perto dos 1.050 em 2026.

A situação da Coindu reflete as dificuldades sentidas por toda a cadeia de abastecimento automóvel na Europa, pressionada por uma conjuntura económica adversa e pela transição para a mobilidade elétrica.