As declarações surgem num momento em que a empresa enfrenta uma concorrência crescente da chinesa BYD e debate internamente um polémico pacote de remuneração para o seu fundador. Numa entrevista ao jornal francês Les Echos, Carlos Tavares traçou um cenário sombrio para a Tesla, afirmando que a empresa será “ultrapassada pela eficiência da BYD”. Tavares considera a avaliação de mercado da Tesla “simplesmente estratosférica” e prevê que a sua “perda de valor será colossal”.
O gestor português sugeriu ainda que Elon Musk poderá redirecionar o seu foco para outras áreas como a robótica, a SpaceX ou a inteligência artificial, questionando: “Não tenho a certeza se a Tesla existirá dentro de dez anos”. Paralelamente, a liderança de Musk está dependente da aprovação de um pacote de remuneração de um bilião de dólares em ações. A presidente da Tesla, Robyn Denholm, alertou os acionistas de que a não aprovação do plano poderá levar à saída do CEO. “Se não conseguirmos promover um ambiente que motive o Elon a alcançar grandes feitos através de um plano de remuneração justo e baseado no desempenho, corremos o risco de o ver renunciar ao cargo executivo”, escreveu numa carta. Musk justificou a necessidade do pacote para garantir o controlo de pelo menos 25% das ações, essencial, segundo ele, para poder controlar o “enorme exército de robôs” que a empresa pretende criar. A situação reflete um período de grande pressão para a Tesla, que, apesar de vendas recorde, viu os seus lucros trimestrais caírem.













