Esta medida surge como uma resposta ao excesso de contratações durante a pandemia e a um esforço contínuo para reduzir custos e aumentar a eficiência operacional.

Os cortes, que começaram a ser implementados no final de outubro, representam quase 10% dos 350.000 funcionários administrativos da empresa e afetam diversas áreas, incluindo recursos humanos, operações, dispositivos e a divisão de computação em nuvem, Amazon Web Services (AWS). Esta reestruturação segue-se a uma vaga anterior de despedimentos que eliminou cerca de 27.000 postos de trabalho em 2022. A decisão da gigante tecnológica insere-se num contexto mais amplo de cortes no setor, onde, segundo a imprensa, já se perderam quase 100.000 empregos em 2025.

Andy Challenger, vice-presidente da Challenger, Gray & Christmas, atribui estas demissões à "estagnação do mercado de trabalho, ao aumento dos custos e às novas tecnologias transformadoras, como a IA".

Paralelamente, documentos internos revelaram planos ambiciosos da Amazon para substituir 600.000 funcionários por automação, robôs e inteligência artificial até 2033, indicando uma profunda transformação estratégica no futuro do trabalho na empresa.

Apesar dos cortes, a Amazon planeia contratar cerca de 250.000 trabalhadores sazonais para a época de compras de fim de ano, mantendo a sua capacidade operacional para o período de maior procura. Os resultados financeiros do terceiro trimestre, que superaram as expectativas, foram impulsionados pelo forte crescimento da AWS, em parte devido à procura por serviços de IA.