Este movimento representa uma nova fase para a empresa, fundada na China em 2012 e sediada em Singapura, que pretende reforçar a sua presença física na Europa.

Além da loja no BHV, a Shein planeia instalar mais cinco espaços em França, nas Galeries Lafayette, também exploradas pela Société des Grands Magasins (SGM).

O espaço em Paris terá mais de 1.000 metros quadrados e exibirá milhares de artigos de baixo custo, que tornaram a marca popular globalmente. A decisão de abrir uma loja física surge apesar de uma forte controvérsia e oposição por parte do governo francês, da prefeitura de Paris, de sindicatos e de vários agentes do setor têxtil, que criticam o modelo de negócio da 'fast-fashion' pelos seus impactos ambientais e sociais. Uma petição online contra a aliança entre a Shein e o BHV reuniu mais de 110.000 assinaturas.

A empresa tem sido alvo de escrutínio em França, tendo recebido este ano três multas num total de 191 milhões de euros por várias infrações, incluindo promoções falsas e incumprimento da legislação sobre microfibras plásticas. Apesar da polémica, a expansão para o retalho físico indica a ambição da Shein de consolidar a sua marca e alcançar um novo segmento de consumidores.