Este marco foi impulsionado pela recente valorização das ações da Tesla, que beneficiaram do otimismo em torno das negociações comerciais entre os EUA e a China, um mercado crucial para a fabricante de veículos elétricos. A riqueza de Musk, que detém cerca de 12% da Tesla, está intrinsecamente ligada ao desempenho da empresa.

No entanto, a sua liderança enfrenta um momento decisivo.

A presidente da Tesla, Robyn Denholm, alertou os acionistas de que Musk poderia abandonar a empresa se o seu controverso pacote salarial de 1 bilião de dólares não for aprovado. Numa carta aos investidores, Denholm sublinhou que a saída do CEO representaria uma perda de valor significativa, afirmando que "sem Elon, a Tesla poderia perder valor significativo". O plano de remuneração, que enfrenta a oposição de entidades de consultoria como a Glass Lewis, visa reter Musk por mais sete anos e meio através de metas ambiciosas, incluindo uma capitalização de mercado de 8,5 biliões de dólares.

Paralelamente, o antigo CEO da Stellantis, Carlos Tavares, lançou dúvidas sobre o futuro da Tesla na indústria automóvel, prevendo que a pressão da concorrente chinesa BYD poderá levar a empresa a focar-se noutras áreas como a robótica ou a exploração espacial. Tavares questionou se a Tesla "ainda existirá" daqui a 10 anos, afirmando que, embora inovadora, "será ultrapassada pela eficiência da BYD".