A Amazon demonstrou um forte desempenho no terceiro trimestre, com receitas a crescerem 13% para 180 mil milhões de dólares, impulsionadas pela sua divisão de computação na nuvem (AWS) e pela crescente procura por serviços de Inteligência Artificial. Num movimento estratégico significativo, a empresa assinou um acordo de 38 mil milhões de dólares com a OpenAI para fornecer capacidade de computação na AWS, marcando o fim da exclusividade que a criadora do ChatGPT mantinha com a Microsoft. Este acordo é um sinal claro da aposta da Amazon em capitalizar a revolução da IA.
O CEO, Andy Jassy, afirmou que "a inteligência artificial está a impulsionar um progresso significativo em todos os segmentos do nosso negócio".
O lucro líquido trimestral da empresa atingiu 21,2 mil milhões de dólares, inflacionado por um ganho contabilístico relacionado com o seu investimento na startup de IA Anthropic. No entanto, este crescimento tecnológico contrasta com uma profunda reestruturação da sua força de trabalho.
Documentos internos revelam planos para substituir 600 mil funcionários por automação e robótica até 2033. A curto prazo, a empresa anunciou um plano para despedir 30 mil funcionários, que se soma aos 27 mil cortes de 2022, para compensar o excesso de contratações durante a pandemia.
Sendo a Amazon o segundo maior empregador dos EUA, com mais de 1,5 milhões de trabalhadores globalmente, estas medidas representam uma das maiores reestruturações da sua história e um forte indicador do futuro do trabalho no setor tecnológico.
Em resumoA Amazon está a navegar uma dupla estratégia: por um lado, investe massivamente para se posicionar como um pilar da infraestrutura de IA, como demonstra o acordo com a OpenAI. Por outro, implementa uma automação agressiva e cortes de pessoal para otimizar custos e aumentar a eficiência, sinalizando uma transformação profunda no seu modelo operacional e no mercado de trabalho em geral.