O espaço abriu no histórico centro comercial Bazar de l’Hôtel de Ville (BHV), em Paris, assinalando uma mudança estratégica para o retalho físico, apesar da forte oposição e controvérsia que rodeia a marca. A loja, com mais de 1.000 metros quadrados, é o primeiro passo de um plano de expansão que prevê a abertura de mais cinco espaços em lojas das Galeries Lafayette em França, também geridas pela Société des Grands Magasins (SGM). A decisão de entrar no retalho físico surge num momento de intenso escrutínio sobre o modelo de negócio da Shein. A abertura em Paris foi recebida com oposição por parte do governo francês, da prefeitura da cidade, de sindicatos e de vários agentes do setor têxtil, que criticam o impacto ambiental e social da moda ultra-rápida. Uma petição online contra a instalação da loja reuniu mais de 110.000 assinaturas.
Este ano, a Shein foi alvo de três multas em França, num total de 191 milhões de euros, por diversas infrações, incluindo promoções falsas e informações enganosas.
A mudança para o espaço físico representa um teste para a marca, que procura legitimar a sua presença no mercado europeu e alcançar novos segmentos de consumidores, ao mesmo tempo que enfrenta uma crescente pressão regulatória e uma perceção pública negativa associada ao seu modelo de produção.













