Embora numa fase exploratória, o interesse da empresa foi assinalado por uma reunião entre o seu CEO, Cristiano Amon, e o Ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Saraiva Matias, para discutir o panorama tecnológico nacional e futuros investimentos.

Em declarações ao Jornal Económico, Cristiano Amon afirmou que “Portugal e a Europa são extremamente importantes para a estratégia da Qualcomm”, destacando o empenho das empresas europeias na transformação digital com recurso a Inteligência Artificial.

No entanto, o CEO sublinhou a necessidade de uma rede de suporte viável para o fabrico de semicondutores, afirmando que a empresa vê “sempre com bons olhos as iniciativas, tanto nos Estados Unidos como na Europa, de atrair fábricas de semicondutores”. Amon garantiu que, caso surjam novas fábricas de fornecedores como a TSMC ou a Samsung no continente, a Qualcomm está pronta a ser cliente: “Nós dizemos sempre aos vários governos da Europa que, aparecendo a fábrica, podem contar connosco como clientes”.

Este interesse alinha-se com a ambição do governo português de posicionar o país como um hub europeu para gigafábricas de IA, com um potencial de investimento estimado em mais de 16 mil milhões de euros.