Num comunicado, a transportadora irlandesa atribuiu a decisão às “elevadas taxas aeroportuárias (definidas pelo monopólio aeroportuário francês ANA) e à inação do Governo português”.

A Ryanair criticou o aumento das taxas de navegação aérea em 120% após a pandemia e a introdução de uma taxa de viagem de 2 euros, medidas que, segundo a empresa, tornaram a operação insustentável.

Jason McGuinness, diretor comercial da Ryanair, afirmou que, como “resultado direto destes custos crescentes, não tivemos alternativa senão cancelar todos os voos para os Açores”.

Em resposta, tanto o Governo como a ANA manifestaram “surpresa” com as afirmações.

O executivo esclareceu que “a taxa de rota aplicada aos Açores é a mais baixa da Europa” e que a proposta de taxas reguladas para 2026 não prevê qualquer aumento. As autoridades recordaram ainda as “dezenas de milhões de euros em incentivos ao tráfego” atribuídos à Ryanair ao longo dos anos, considerando que o conteúdo do comunicado da companhia “não pode ser considerado condicente com o crescimento do turismo, com as taxas praticadas ou com os apoios atribuídos”.