A medida gerou perturbações no tráfego aéreo mundial, com impacto direto na operação de companhias aéreas portuguesas como a TAP e a SATA.
A falha foi identificada após um incidente técnico a 30 de outubro num voo da JetBlue, onde se descobriu que "a intensa radiação solar pode corromper dados essenciais para o funcionamento dos controlos de voo".
A fabricante aeronáutica solicitou a todas as companhias que "suspendam imediatamente os seus voos" para proceder à correção, afetando aproximadamente 6.000 aviões.
Para a maioria, a intervenção resumiu-se a uma atualização de software de algumas horas, mas para "menos de 100 aeronaves" implicou a troca de hardware, um processo que pode demorar semanas.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury, reconheceu as "importantes dificuldades logísticas e atrasos significativos", apresentando "sinceras desculpas aos nossos clientes e aos passageiros afetados", mas reforçou que "a segurança é a nossa prioridade absoluta".
Em Portugal, a TAP anunciou ter concluído a atualização em toda a sua frota impactada de 41 aeronaves "sem disrupção da operação".
De igual modo, o Grupo SATA ajustou o seu planeamento para realizar os procedimentos nos seus sete aparelhos afetados, não prevendo "o cancelamento ou atrasos significativos".
A situação provocou centenas de cancelamentos de voos a nível global, com companhias como a Air France, a japonesa ANA e a australiana JenStar a serem das mais afetadas, demonstrando o vasto impacto de uma vulnerabilidade de software na indústria da aviação comercial.









