A sua tese, desenvolvida pelo antigo gestor do seu fundo, Phil Clifton, levou a Scion Asset Management a realizar apostas na queda (shorts) de empresas como a Nvidia e a Palantir antes de o fundo ser encerrado.
Burry acusou as gigantes tecnológicas, na rede social X, de estarem a "subestimar" a depreciação dos seus ativos, como chips e servidores, ao "prolongar artificialmente" a sua vida útil, considerando esta prática uma fraude.
A tese, detalhada em documentos a que a CNBC teve acesso, foi elaborada por Phil Clifton, descrito por Burry como o "pensador mais prodigioso que já encontrou". Clifton argumentava que, embora a adoção da IA esteja a acelerar, a economia da infraestrutura "ainda não justifica o custo" e que o mundo está a dar "muito mais importância económica" à IA "do que provavelmente será oferecida".
O fundo comparava a situação atual à bolha das dotcom, lembrando o excesso de investimento em fibra ótica que não correspondeu ao uso real.
A Scion Asset Management questionava se os clientes da Nvidia, que enfrentam "pedidos sem precedentes" pelos seus chips, conseguiriam gerar retorno económico sobre esse investimento, especialmente porque os ciclos de produto anuais da Nvidia tornam os chips mais antigos obsoletos muito antes de serem totalmente depreciados. A Nvidia contestou esta teoria, defendendo que os seus equipamentos permanecem produtivos por mais tempo.








