As movimentações incluem a venda de ativos-chave e uma reorganização societária que confere maior autonomia à operação portuguesa. Uma das decisões mais relevantes foi a designação da Altice Portugal como “subsidiária sem restrições”, um estatuto que a protege de certas limitações impostas pela dívida da holding internacional e impede que os seus ativos sirvam como garantia para os credores. Em paralelo, uma subsidiária da Altice Portugal concluiu uma operação de financiamento de 750 milhões de euros e passou a dispor de capacidade para contrair até 2 mil milhões de euros em nova dívida. A estratégia de alienação de ativos materializou-se com a venda de 100% do seu centro de dados na Covilhã (PT Data Center) à empresa de investimento em infraestruturas Asterion, por 120 milhões de euros. A MEO manter-se-á como cliente âncora do data center através de um contrato de longo prazo. Adicionalmente, a Altice vendeu a sua participação de 65% na empresa de contact center Intelcia aos acionistas fundadores.
Numa carta interna, a CEO da MEO, Ana Figueiredo, assegurou que a venda do data center permite “reforçar o foco nas nossas atividades ‘core’” e que, apesar das mudanças, o caminho da empresa “mantém-se intacto — e com ainda mais foco”.









