A fabricante aeroespacial europeia viu-se a braços com duas crises distintas e quase simultâneas.
A primeira envolveu uma falha de software de controlo de voo, vulnerável à radiação solar, que levou à imobilização temporária de cerca de seis mil aeronaves da família A320 em todo o mundo para uma atualização urgente.
Embora a empresa tenha afirmado que a grande maioria das aeronaves foi rapidamente modificada, a situação causou perturbações significativas.
Pouco depois, foi revelado um "problema de qualidade industrial" relacionado com painéis metálicos da fuselagem em até 628 aeronaves A320, a maioria das quais ainda em diferentes fases de produção.
A Airbus declarou que a origem do problema foi "identificada e contida", mas admitiu que uma parte dos aviões afetados necessitará de intervenção, o que poderá atrasar as entregas. O impacto no mercado foi imediato, com as ações da empresa a registarem uma queda de 5,81% na Bolsa de Paris após a divulgação das notícias.
Estes desafios operacionais levaram a Airbus a reduzir a sua meta de entregas de aviões, num período já marcado por turbulência para a fabricante.









