O processo de privatização da TAP Air Portugal atingiu um marco significativo com a manifestação de interesse formal dos três maiores conglomerados aéreos da Europa — Lufthansa, International Airlines Group (IAG) e Air France-KLM. Este desenvolvimento foi enaltecido pelo secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, que o considerou um evento sem precedentes nas tentativas de privatização da companhia neste século. "Nunca nas três privatizações deste século da TAP apareceram as três companhias aéreas de líderes da Europa interessadas, e ativamente interessadas, na TAP", afirmou, mostrando-se confiante num desfecho positivo para o processo.
O interesse dos gigantes europeus sublinha o valor estratégico da TAP e do seu hub em Lisboa.
Para a Lufthansa, a TAP representa uma oportunidade de fortalecer as suas rotas para o Brasil, América Latina e África. A IAG, dona da Iberia e British Airways, vê Lisboa como uma ponte natural para os mercados lusófonos e uma adição às suas rotas no Atlântico Norte e Sul.
Já a Air France-KLM destaca a intenção de integrar a TAP na sua parceria transatlântica com a Delta e a Virgin Atlantic.
Um ponto comum e crucial nas propostas é a manutenção e desenvolvimento do hub de Lisboa, reconhecendo a sua localização estratégica.
O Governo português prevê uma "primeira decisão" sobre o processo nos próximos oito meses, apontando para julho de 2026, num processo que visa a alienação de até 44,9% do capital da companhia aérea.
Em resumoA privatização da TAP entrou numa fase decisiva ao atrair o interesse dos maiores grupos aéreos europeus, que veem no hub de Lisboa um ativo estratégico para expandir as suas redes transatlânticas. O Governo português espera uma decisão inicial até meados de 2026, num processo que poderá redefinir o futuro da companhia aérea nacional.