O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, sublinhou que “nunca nas três privatizações deste século da TAP apareceram as três companhias aéreas líderes da Europa interessadas”.

Esta corrida demonstra a importância geoestratégica do hub de Lisboa, considerado uma ponte natural para mercados cruciais como o Brasil, a América Latina, a América do Norte e África.

Cada um dos potenciais compradores tem uma visão clara para a integração da TAP. A Lufthansa pretende fortalecer as suas rotas para o Brasil e a América Latina, aproveitando o posicionamento já consolidado da TAP.

O grupo IAG, dono da Iberia e British Airways, vê no hub de Lisboa uma forma de complementar a sua rede, especialmente nos mercados lusófonos, e de criar sinergias com a sua forte presença na América Latina hispânica. Por sua vez, a Air France-KLM destaca a intenção de integrar a TAP na sua “lucrativa parceria transatlântica com a Delta e a Virgin Atlantic”, reforçando as ligações com a América do Norte.

Todos os proponentes garantem a manutenção da marca TAP e do hub de Lisboa, um ponto considerado fulcral. O processo prevê a alienação de até 44,9% do capital, com 5% reservados aos trabalhadores, e exige que os candidatos tenham receitas superiores a 5 mil milhões de euros e experiência comprovada no setor.