Para o BPCE, a compra marca a sua entrada na banca de retalho em Portugal, diversificando o seu negócio. O CEO do BPCE, Nicolas Namias, afirmou que a transação deve servir de “exemplo na Europa, para todos os países, do que temos de fazer para assegurar a soberania financeira”. No entanto, o caminho para a concretização do negócio, prevista para o início de 2026, enfrenta obstáculos. No mesmo dia da assinatura formal dos acordos, o Novobanco foi alvo de buscas judiciais no âmbito da operação “haircut”, que investiga suspeitas de corrupção na venda de ativos tóxicos. Além disso, o BPCE enfrenta desafios noutras frentes, como a oposição do governo italiano à fusão da sua gestora de ativos, Natixis IM, com a da Generali. Em Portugal, grupos de lesados do BES já contactaram o BPCE, exigindo que o novo proprietário assuma responsabilidades no pagamento de dívidas pendentes, acrescentando mais uma camada de complexidade a uma operação que, apesar de estratégica, está “repleta de riscos ocultos e complicações imprevistas”.