Em contrapartida, a empresa portuguesa adquire participações minoritárias em dois outros blocos operados pela TotalEnergies na mesma região: 10% no PEL 56 (onde se encontra a descoberta Venus) e 9,4% no PEL 91.

Adicionalmente, a TotalEnergies cobrirá metade dos custos de investimento da Galp no desenvolvimento do campo Mopane. Paula Amorim, presidente do Conselho de Administração da Galp, afirmou que a parceria permite “reduzir significativamente os riscos do Mopane”. No entanto, os investidores reagiram de forma adversa, com as ações da Galp a caírem mais de 15%, resultando numa perda de capitalização bolsista de 1,5 mil milhões de euros.

A reação negativa do mercado sugere que os termos do negócio ficaram aquém das expectativas, nomeadamente das previsões de analistas como a UBS, que antecipavam um pagamento inicial significativo que não se materializou. O acordo, que aguarda aprovação das autoridades da Namíbia, deverá ser finalizado durante o ano de 2026.