No Hospital Amadora-Sintra (HFF), a abertura do novo hospital de Sintra, em vez de aliviar, parece ter agravado a sobrecarga. Profissionais denunciam que médicos estão a ser desviados das escalas do HFF, resultando em esperas que, segundo dados do próprio SNS, podem chegar a 20 horas. Fontes internas relatam que "já houve dias em que um só médico de Medicina Interna teve de assegurar as duas urgências, o que é impensável". A administração da ULS Amadora-Sintra nega a falta de recursos e anunciou a contratação de 63 novos médicos, mas sindicatos e a Ordem dos Médicos pedem esclarecimentos. Em simultâneo, outros hospitais enfrentam problemas graves: as urgências de Ginecologia/Obstetrícia em Abrantes, a urgência básica de Peniche e a urgência polivalente de Almada estiveram encerradas. Em Setúbal, Palmela e Sesimbra, os autarcas procuram esclarecimentos sobre os fechos recorrentes nas especialidades de pediatria e obstetrícia. No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, a situação é crítica devido às baixas reservas de sangue, o que já levou ao adiamento de cirurgias. A situação reflete um problema sistémico que afeta a capacidade de resposta do SNS em momentos cruciais.
