Este fim de semana prevê o encerramento de seis urgências no sábado e outras seis no domingo, com a região de Lisboa e Vale do Tejo a ser a mais penalizada. Hospitais como os de Aveiro, Vila Franca de Xira, Setúbal, Leiria e Barreiro anunciaram o fecho dos seus serviços de Obstetrícia e Ginecologia em pelo menos um dos dias. A situação reflete uma crise estrutural que, segundo dados revelados, levou ao encerramento de urgências por um total de 15 mil horas no primeiro semestre de 2025. Embora a Direção Executiva do SNS aponte para uma redução de 29% nos dias de fecho completo em comparação com 2024, sindicatos como a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) contestam estes números, falando numa “falta de transparência”, já que a informação oficial se tornou menos acessível. A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, argumenta que os dados “valem de muito pouco para quem está no terreno”. O impacto desta carência de meios é dramático, como ilustra o caso de um parto realizado por bombeiros na autoestrada A1, após a grávida não ter sido admitida em três hospitais. A Liga dos Bombeiros Portugueses destacou o incidente como mais um exemplo da pressão crescente sobre os seus operacionais, que são forçados a intervir em situações para as quais os hospitais deveriam dar resposta.
