Segundo dados compilados, a PSP registou 3.801 queixas e a GNR 436, totalizando 4.237 casos entre janeiro de 2023 e junho de 2025. Só no primeiro semestre de 2025, as denúncias à PSP aumentaram 17% face ao período homólogo. As burlas ocorrem maioritariamente através de anúncios em plataformas digitais e redes sociais, com preços apelativos e fotografias de imóveis reais, mas com dados de contacto falsos. As vítimas são induzidas a pagar um sinal para garantir a reserva e só se apercebem da fraude quando tentam contactar o suposto proprietário ou chegam ao local e constatam que o imóvel não existe ou já está ocupado. A GNR alerta que “não existe um modus operandi único”, com os criminosos a recorrerem a métodos cada vez mais elaborados, como o phishing via WhatsApp para intercetar comunicações legítimas. As autoridades aconselham os cidadãos a desconfiar de ofertas muito vantajosas, a solicitar visitas presenciais sempre que possível, a verificar a identidade do anunciante e a confirmar se o titular da conta bancária para o pagamento corresponde ao proprietário.
