Em Palma de Maiorca, um tweet viral de um cliente de um bar a quem foi oferecido um “preço de vizinho” expôs uma prática informal de cobrar mais aos turistas, refletindo o mal-estar local. Comentários na publicação revelaram situações semelhantes, como vendedores a ajustar o preço dos produtos consoante o comprador fosse local ou turista. O jornalista Abel Riu, citado num dos artigos, defendeu a prática como uma forma de autoproteção: “Cuidemo-nos, protejamo-nos, demos prioridade a nós próprios”. Em Itália, a surpresa de turistas espanhóis ao descobrir que grande parte da costa exige pagamento para aceder à praia, com pequenas zonas gratuitas que “dá literalmente para duas toalhas”, também se tornou viral, gerando um debate sobre a privatização do espaço público. Em Malta, o problema é a saturação: com 3,56 milhões de turistas em 2023 para uma população de 500 mil habitantes, os transportes públicos estão sobrelotados, as praias inacessíveis e os residentes sentem-se “estrangeiros em casa”, obrigados a alterar as suas rotinas para evitar as multidões.
