A falta de pessoal, agravada pelo período de férias, levou a constrangimentos severos, nomeadamente no serviço de urgência pediátrica, que se viu forçado a encerrar ao público geral, atendendo apenas casos internos ou referenciados pelo INEM e SNS 24.
A administração do hospital reconhece as dificuldades, afirmando que os problemas decorrem do “aumento populacional e da carência nacional de médicos”.
No entanto, a abertura da nova unidade de Sintra sem a contratação de equipas dedicadas revelou-se contraproducente. Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, considerou que a administração partiu de um “pressuposto que não se verificou”, pois a nova urgência atraiu utentes que antes não recorriam a hospitais, criando uma “nova porta para uma necessidade não satisfeita” em vez de aliviar o HFF. A tensão atingiu um ponto crítico quando 19 médicos da urgência do Amadora-Sintra ameaçaram demitir-se, alertando para uma “rutura iminente”, o que exigiu a intervenção da Ordem dos Médicos.