Encerramento de Urgências Pediátricas Limita Acesso a Cuidados Infantis
A crise que afeta as urgências do Serviço Nacional de Saúde estendeu-se aos serviços pediátricos, com o encerramento de unidades em hospitais da Grande Lisboa. A situação deixou pais e crianças com acesso limitado a cuidados de saúde urgentes, refletindo a carência de profissionais também nesta especialidade. Durante o fim de semana, o Hospital de Vila Franca de Xira viu-se forçado a encerrar o seu serviço de urgência pediátrica devido à impossibilidade de completar as escalas médicas. Simultaneamente, o Hospital Amadora-Sintra, que já enfrenta uma grave falta de pessoal, adotou um modelo de funcionamento referenciado para a sua urgência pediátrica. Isto significa que o serviço deixou de estar aberto ao público em geral, atendendo apenas casos de urgência internos ou doentes encaminhados pelo INEM ou pela linha SNS 24.
Esta medida, embora procure garantir a resposta aos casos mais graves, representa uma barreira significativa no acesso para muitas famílias que dependem destes serviços.
Os encerramentos, justificados pela falta de médicos e pelo período de férias, sobrecarregam as urgências de outros hospitais da região, como o Hospital Dona Estefânia, aumentando os tempos de espera e o risco para as crianças que necessitam de cuidados imediatos. A situação evidencia que a crise de recursos humanos no SNS não se limita às especialidades de adultos, afetando também áreas críticas como a pediatria.
Em resumoO encerramento de urgências pediátricas em hospitais centrais da Grande Lisboa demonstra a extensão da crise de recursos humanos no SNS, comprometendo o acesso atempado a cuidados de saúde para a população infantil e sobrecarregando as restantes unidades.
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