Governo Lança Rastreio-Piloto ao Cancro do Pulmão para Fumadores e Ex-Fumadores

Numa iniciativa pioneira em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou o arranque de projetos-piloto para o rastreio do cancro do pulmão, dirigidos a uma população de alto risco. A medida, que será implementada nas regiões de Lisboa e do Norte, visa a deteção precoce da doença oncológica que mais mata no país, com cerca de 4.000 óbitos anuais. O rastreio destina-se a fumadores e ex-fumadores com idades entre os 55 e os 74 anos que tenham um historial de consumo de, pelo menos, um maço de cigarros por dia durante 20 anos. O subdiretor-geral da Saúde, André Peralta Santos, esclareceu que não se trata de um rastreio universal, mas sim focado numa “população de risco”. O exame consistirá numa Tomografia Axial Computorizada (TAC) de tórax de baixa dose. Os participantes com resultados negativos serão reavaliados anualmente, enquanto os casos positivos serão encaminhados para uma consulta de especialidade no prazo máximo de 30 dias. Os primeiros projetos-piloto terão lugar na Unidade Local de Saúde (ULS) de Santo António, no Porto, e no concelho de Cascais, numa iniciativa da autarquia. A fase piloto, prevista para arrancar no próximo ano, permitirá testar a operacionalidade do programa, nomeadamente a taxa de adesão e a capacidade de resposta do SNS para tratar os casos diagnosticados. A implementação de um programa de rastreio para o cancro do pulmão é uma reivindicação antiga de especialistas e associações de doentes, que veem na deteção precoce a principal ferramenta para reduzir a elevada mortalidade associada à doença.

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Em resumo

O lançamento de projetos-piloto para o rastreio do cancro do pulmão representa um avanço significativo na saúde pública em Portugal, com potencial para reduzir a mortalidade através da deteção precoce numa população de alto risco.