O perfil demográfico também se alterou, com as mulheres a representarem agora a maioria da classe.
Contudo, um quarto dos médicos tem mais de 65 anos, o que aponta para um desafio de renovação geracional nos próximos anos.
Apesar do aumento global, a distribuição geográfica permanece desigual, com a região de Coimbra a apresentar o rácio mais elevado (13,6 por mil habitantes), enquanto apenas 29 dos 308 municípios superam a média nacional.
A crise no SNS, particularmente visível na falta de especialistas para preencher as escalas de urgência em áreas como Ginecologia/Obstetrícia e Ortopedia, sugere que o problema não é apenas o número total de médicos, mas sim as condições de trabalho, a remuneração e a falta de incentivos para a fixação de profissionais no setor público e em regiões carenciadas.
O envelhecimento do corpo clínico e a crescente preferência dos jovens médicos pelo setor privado ou pela emigração são fatores que contribuem para esta aparente contradição.