A adesão à greve foi expressiva, com os sindicatos a reportarem números elevados.
Segundo Alda Pereira, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a adesão entre os enfermeiros atingiu os 80%, chegando a 100% no bloco operatório do hospital de Faro, o que levou ao cancelamento de todas as cirurgias programadas, à exceção das oncológicas. André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, estimou a adesão dos médicos em cerca de 60%. Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, referiu que o impacto da greve evidencia os problemas estruturais do SNS, como a falta de investimento e a desvalorização dos profissionais.
As reivindicações centram-se na necessidade de contratar mais pessoal para aliviar a sobrecarga existente.
Paulo Neves, ex-administrador do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, salientou que a ULS Algarve, dimensionada para 400 mil utentes, serve cerca de 800 mil nesta altura do ano.
Os sindicatos apontam ainda para a dificuldade em fixar profissionais na região devido ao elevado custo de vida, exigindo incentivos e a resolução de pagamentos em atraso, como retroativos e compensações por trabalho em feriados e folgas.