Para colmatar esta falha, o INEM abriu um novo concurso para preencher 200 vagas.
Embora o número de candidatos, quase 400, pareça promissor, o sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar alerta que muitos poderão não concluir o processo de formação, como aconteceu no concurso anterior.
No último recrutamento, dos 600 candidatos admitidos, apenas 149 concluíram o curso e integraram os quadros do INEM.
Esta elevada taxa de desistência evidencia as dificuldades do processo de seleção e formação, bem como a necessidade de tornar a carreira mais atrativa. Os novos técnicos que vierem a ser recrutados destinam-se a reforçar a região de Lisboa e Vale do Tejo, a mais deficitária, mas o sindicato adverte que estes profissionais só estarão em funções a partir de julho de 2026, o que significa que a carência de pessoal se manterá a curto e médio prazo. A situação agrava-se com a sobrecarga de trabalho dos técnicos atualmente em funções, que enfrentam escalas exigentes e um elevado nível de stress, fatores que contribuem para o desgaste profissional e para a dificuldade em reter talentos no INEM.