Segundo o relatório da IGAS, as probabilidades de sobrevivência do homem “seriam semelhantes, mesmo em condições otimizadas”, indicando que a gravidade do seu estado clínico era o fator determinante.
A investigação revelou que, nesse dia, mais de 50% das chamadas para o INEM não foram atendidas, com apenas 2.510 das 7.326 tentativas de contacto a serem bem-sucedidas. Este caso fazia parte de um conjunto de 12 óbitos ocorridos durante períodos de greve que foram investigados individualmente pela IGAS.
Das oito investigações já concluídas, apenas em duas foi estabelecida uma ligação direta entre a morte e os atrasos no socorro.
O relatório sobre o caso de Pombal já foi enviado ao Conselho Diretivo do INEM, ao Ministério Público e ao gabinete da Ministra da Saúde. O processo continua em fase de inquérito judicial na Comarca de Leiria, mas a conclusão da IGAS sugere que, do ponto de vista técnico da inspeção de saúde, não há responsabilidades a imputar ao sistema de emergência pelo desfecho trágico.