Esta situação obriga as utentes da Margem Sul a procurar alternativas noutras unidades hospitalares, aumentando a pressão sobre os serviços disponíveis na região.
A interrupção do serviço em Almada é um dos vários encerramentos que afetaram a Península de Setúbal, uma das áreas mais populosas do país e cronicamente afetada pela carência de profissionais de saúde no SNS. A decisão de encerrar a urgência durante 48 horas consecutivas reflete a gravidade da escassez de médicos especialistas, um problema que se agudiza no verão.
Com o fecho em Almada, somado aos encerramentos no Barreiro e em Setúbal em diferentes momentos do fim de semana, a capacidade de resposta na Margem Sul ficou severamente comprometida. As grávidas e outras utentes que necessitaram de cuidados urgentes foram forçadas a deslocar-se para hospitais em Lisboa, como o São Francisco Xavier, ou para o Amadora-Sintra, unidades que também enfrentam as suas próprias limitações e operam com base na referenciação do INEM e da Linha SNS 24. Este cenário de desvio de utentes não só gera incerteza e ansiedade para as famílias, como também aumenta o risco associado a viagens mais longas em situações de emergência médica, sobrecarregando ainda mais os hospitais da capital que servem de retaguarda.













