Os clínicos queixam-se da falta de vagas para internamento de grávidas de risco e de transferências “frequentes e desnecessárias” entre unidades, comprometendo a segurança das utentes.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) corrobora a denúncia, afirmando que os profissionais estão “exaustos física e psicologicamente”.

A administração da ULS de Coimbra reconheceu a situação, atribuindo-a a um “aumento significativo da procura nas últimas semanas, agravada pelos constrangimentos na rede de referenciação de grávidas”. Como resposta, a ULS anunciou a adesão ao programa SNS Grávida para melhorar a orientação das utentes e a implementação de um protocolo com a ULS de Leiria para reforçar as equipas de enfermagem.

Esta crise em Coimbra ilustra um efeito dominó, onde a falha de um serviço sobrecarrega outro, colocando em risco a qualidade e a segurança dos cuidados prestados.