A crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) atingiu um ponto crítico na segunda-feira, 11 de agosto, com o encerramento de quatro serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o condicionamento de outros cinco em todo o país. A situação, que afeta diretamente o acesso a cuidados essenciais para grávidas e recém-nascidos, revela a crescente pressão sobre os serviços de saúde em Portugal. A causa principal para estes constrangimentos, segundo os dados divulgados, é a “falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas”, um problema que se agrava durante os períodos de férias de verão. Os hospitais com serviços totalmente encerrados incluíam o Garcia de Orta em Almada, o Hospital de Vila Franca de Xira, o Hospital Doutor Manoel Constâncio em Abrantes e o Hospital Infante Dom Pedro em Aveiro.
Adicionalmente, unidades em Santarém, Lisboa (São Francisco Xavier), Leiria, Braga e a urgência pediátrica do Amadora-Sintra operavam com limitações, recebendo apenas casos urgentes encaminhados pelo INEM ou pela linha SNS 24.
A situação reflete uma fragilidade sistémica que obriga as autoridades de saúde a apelar constantemente à população para que contacte a linha SNS 24 antes de se deslocar às urgências, numa tentativa de gerir o fluxo de utentes e evitar o colapso dos serviços que ainda se mantêm operacionais. A repetição destes encerramentos ao longo do fim de semana anterior demonstra que não se trata de um evento isolado, mas de uma crise contínua que testa a resiliência do SNS.
Em resumoNa segunda-feira, 11 de agosto, a falta de médicos especialistas forçou o encerramento de quatro urgências de obstetrícia e o condicionamento de outras cinco, evidenciando uma crise estrutural no SNS e limitando severamente o acesso a cuidados para grávidas a nível nacional.