Os clínicos alertam para uma “inaceitável degradação das condições de trabalho”, “carências estruturais e organizativas” e uma “sobrecarga inaceitável” sobre a equipa.

A FNAM atribui este aumento de afluxo ao encerramento frequente das urgências obstétricas nas ULS de Leiria e Aveiro durante o verão, sem que tenha havido um reforço correspondente em Coimbra. A ULS de Coimbra reconheceu a sobrecarga, informando que implementou mecanismos de articulação entre as suas duas maternidades (Bissaya Barreto e Daniel de Matos) e estabeleceu um protocolo com a ULS de Leiria para o reforço de enfermeiros especialistas.

Contudo, para os médicos no terreno, estas medidas são insuficientes para garantir a qualidade e segurança dos cuidados prestados, evidenciando a fragilidade da resposta do SNS a uma crise que se alastra por contágio entre regiões.