A situação, agravada pela sobrecarga e exaustão dos profissionais, foi sublinhada por várias entidades e especialistas.
Os artigos que reportam os encerramentos de fim de semana e da segunda-feira, 11 de agosto, são unânimes ao afirmar que os constrangimentos se devem, “sobretudo, à falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas”.
Esta carência é particularmente notória em especialidades como Ginecologia/Obstetrícia e Pediatria.
Adelina Pereira, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Urgência e Emergência, corrobora este diagnóstico, identificando a “escassez de recursos humanos” como o fator central da crise.
A situação é agravada durante os períodos de férias, como o verão, quando se torna ainda mais difícil compor as equipas necessárias para manter os serviços a funcionar 24 horas por dia. Esta falha estrutural não só leva ao fecho de serviços, como também aumenta a pressão sobre os médicos que permanecem ao serviço, contribuindo para o seu desgaste e para um ciclo vicioso de abandono do SNS, que por sua vez agrava ainda mais a falta de profissionais.












