Este encerramento soma-se a outros constrangimentos na região Centro, sobrecarregando as alternativas hospitalares.
A decisão de fechar a urgência de Obstetrícia em Abrantes foi motivada, tal como noutras unidades do país, pela incapacidade de assegurar uma equipa completa de médicos especialistas.
Este hospital serve uma vasta área geográfica com populações envelhecidas e distantes dos grandes centros urbanos, tornando o seu encerramento particularmente impactante.
As grávidas da região foram forçadas a procurar assistência em hospitais como o de Santarém, que, por sua vez, também operava com limitações, funcionando em regime referenciado, ou seja, recebendo apenas casos encaminhados pelo INEM ou SNS 24.
Esta situação cria um ciclo de pressão sobre os serviços que se mantêm abertos, aumentando os tempos de espera e os riscos associados ao transporte de doentes em situações de emergência. A falha na resposta em Abrantes é um exemplo claro de como a crise de recursos humanos no SNS afeta de forma desproporcional as populações do interior, que já enfrentam maiores dificuldades no acesso a cuidados de saúde especializados.












