Esta situação crítica na Margem Sul do Tejo resultou em partos ocorridos em ambulâncias e na sobrecarga de hospitais vizinhos. As notícias indicam que a urgência de Ginecologia e Obstetrícia do Barreiro esteve a funcionar em regime referenciado no domingo, recebendo apenas casos encaminhados, e com previsão de encerramento total na terça-feira.

A urgência pediátrica também operou com limitações.

A consequência mais visível desta falha foi o caso de uma parturiente da Moita que, devido ao fecho do bloco de partos do Barreiro, teve de ser transportada para o Hospital de Setúbal, acabando o bebé por nascer na ambulância. Este incidente demonstra a rutura na capacidade de resposta da rede hospitalar da Península de Setúbal, onde os hospitais de Almada e Setúbal também registaram encerramentos. A falta de alternativas viáveis na região colocou os utentes e os serviços de emergência pré-hospitalar sob uma pressão imensa, evidenciando a necessidade de uma solução estrutural para a falta de médicos especialistas que assola o SNS, particularmente na área metropolitana de Lisboa.