Ao sentir as contrações, a família contactou a Linha SNS 24, mas, segundo o relato da avó da recém-nascida, a resposta foi desoladora: “Liguei para a linha da Saúde 24 para mandarem uma ambulância, mandaram-nos ir de carro”.
A família tentou então contactar o 112, mas encontrou dificuldades no atendimento.
Sem assistência médica a caminho, o parto acabou por ocorrer num passeio, com o pai da grávida a realizar o procedimento, auxiliado por populares e, posteriormente, por uma enfermeira e um médico que se encontravam nas proximidades.
O Ministério da Saúde viria a admitir a ocorrência de um “erro humano” na aplicação do algoritmo de triagem pela Linha SNS 24, que condicionou o encaminhamento para o INEM. O caso trouxe ainda à luz a recusa do pedido de transferência da grávida para a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, por falta de vagas, evidenciando a pressão sobre as maternidades e a dificuldade de acesso para grávidas de risco.













