A médica e dirigente sindical Tânia Russo descreveu a situação como grave, afirmando ter ouvido “relatos de situações que são graves, situações que põem em causa a equipa da urgência, que põem em causa a existência da urgência”. A saída em massa de médicos, muitos deles entre os mais experientes, representa uma “enorme perda da diferenciação das equipas médicas”, o que não só sobrecarrega os profissionais que ficam, mas também compromete a formação dos médicos internos de Medicina Interna e da nova especialidade de Urgência e Emergência. O sindicato criticou a “falta de diálogo do Conselho de Administração com os médicos” e relatou uma “postura de alguma intimidação com chamada dos colegas para reunir individualmente”. A situação é agravada pela abertura do novo Hospital de Sintra, que, segundo o sindicato, está a funcionar com recursos retirados do Amadora-Sintra, em vez de recursos adicionais, levando ao cancelamento de cirurgias, incluindo oncológicas.