A especialista criticou duramente o modelo atual, descrevendo “a alta dependência de médicos tarefeiros para completar as escalas” como um “problema gravíssimo”.

Segundo a presidente da sociedade, este sistema não só é financeiramente insustentável, como também prejudica a qualidade dos cuidados prestados, uma vez que estes médicos não estão integrados nas equipas, não participam na formação contínua nem nos processos de melhoria da qualidade dos serviços.

A falta de profissionais fixos nos quadros do SNS impede a criação de equipas coesas e experientes, essenciais para o bom funcionamento de um serviço de urgência.

A solução, na sua perspetiva, não passa por medidas paliativas, mas sim por uma aposta séria na valorização das carreiras médicas dentro do SNS para reter os profissionais e garantir a estabilidade das equipas, tornando o serviço público mais atrativo.